Suas águas continuam adensas
Tensas e dentro destas correntezas
Múltiplas, únicas, minhas
Discorrem suas distâncias
Onde flutuo pouca, douta, rasa
Apalavrando, lavando, encurtando
Meus nados.
Até que me faltem os choros
Até que eu perca o espanto
De viver em marés impróprias
Até que a manhã
De tão clara e morna
Liquefaça as memórias
Desocupadas dos meus versos.
E que descansem meus horizontes.
Meus ontes. Meus eus antes e depois
De um poema.
Priscila Rôde
4 comentários:
Palavras lindas! Adoro tuas letras!
Poxa, não conhecia esse cantinho de vcs. De qlq forma valeu a vinda aqui... E esses mares Píu.. Rasos nados, vá sem medo de regressar.
Um beijo,
Fernanda Fraga.
lindo Pri!!! sucesso e mais sucesso!
Beijos,
Cibele.
um poema cinematográfico =)
em toda a essência de ser \o/
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